Rede social diz que usuários compartilham imagens para condená-las. Vídeo já teve mais de 5,6 mil compartilhamentos. Um vídeo de uma ...
Rede social diz que usuários compartilham imagens para condená-las. Vídeo já teve mais de 5,6 mil compartilhamentos.
Um vídeo de uma mulher sendo
decapitada no Facebook tem causado polêmica na rede social. Embora a
imagem publicada por um usuário seja explícita, o site afirma que não
pode retirar o conteúdo do ar porque ele “não viola os padrões de
comunidade do Facebook”.
De acordo com o Facebook, as pessoas
que comentam e compartilham o vídeo estão fazendo isso “para
condená-lo” e que, por isso, não pode removê-lo. “Da mesma forma como
programas jornalísticos na televisão usam imagens inquietantes mostrando
atrocidades, as pessoas podem compartilhar vídeos inquietantes no
Facebook com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre ações ou
causas”, diz a empresa.
“Embora o vídeo seja chocante, nossa
postura está fundamentada na preservação dos direitos das pessoas de
descrever, representar e comentar sobre o mundo em que vivem”.
O vídeo publicado por um usuário da
rede social, aparentemente mexicano, mostra uma mulher sendo decapitada
por supostos integrantes de uma gangue mexicana. Até a publicação da
reportagem, o conteúdo foi compartilhado por mais de 5,6 mil usuários do
Facebook, teve quase 3,9 mil comentários e mais de 1,4 mil “Curtir”.
O que pode e o que não pode
Segundo os termos de direito e
responsabilidades do Facebook, a rede social está autorizada a remover
qualquer conteúdo que infrinja os direitos autorais de alguém. Os
usuários estão proibidos ainda de publicar conteúdo que “contenha
discurso de ódio, seja ameaçador ou pornográfico; incite violência; ou
contenha nudez ou violência gráfica ou desnecessária”.
É vedado também aos usuários
publicarem conteúdo que “infrinja ou viole os direitos alheios ou a
lei”, informações financeiras confidenciais de ninguém no Facebook e que
contenham quaisquer atos ilegais, equivocados, maliciosos ou
discriminatórios.
Leitora chocada
O G1 foi alertado
sobre a existência do vídeo pela estudante Jéssica Souza, por meio da
ferramenta de jornalismo colaborativo VC no G1.
A leitora conta que soube do vídeo
por uma amiga. “Ela recebeu porque um amigo comentou, e apareceu na
Timeline dela. Pelo comentário que ele fez, xingando, ela foi ver por
curiosidade. [Depois de assistir], ela me mandou mensagem dizendo que
estava se sentindo mal”, relata. “Ela ficou bem chocada, assustada
porque nunca tinha visto algo assim real”, relata.
Jéssica conta que, inicialmente,
pensou que o vídeo fosse uma montagem. “Assisti até o final. Achei que
não parece ser falso, mas ainda assim não acredito que alguém seja capaz
de filmar isso e colocar numa rede social”, aponta.
Leia a seguir a íntegra da nota eviada pelo Facebook: “As
pessoas estão compartilhando este vídeo para condená-lo. Da mesma forma
como programas jornalísticos na televisão usam imagens inquietantes
mostrando atrocidades, as pessoas podem compartilhar vídeos inquietantes
no Facebook com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre ações ou
causas. Embora o vídeo seja chocante, nossa postura está fundamentada na
preservação dos direitos das pessoas de descrever, representar e
comentar sobre o mundo em que vivem”.
G1