A gestante encontrada morta na terça-feira (30) ainda estava viva quando foi enterrada em uma cova rasa, no quintal da casa da mu...
A gestante encontrada morta na
terça-feira (30) ainda estava viva quando foi enterrada em uma cova
rasa, no quintal da casa da mulher que confessou ser autora do crime, em
Marituba, região Metropolitana de Belém.
Segundo a polícia, a suspeita do crime teria detalhado a ação em
depoimento. Nesta quarta-feira (31), o namorado da suspeita foi ouvido. A
polícia investiga se ele participou do homicídio.
Segundo o delegado Éder Mauro, que
coordena as investigações do caso, a suspeita fingiu estar grávida para o
namorado, e por isso assassinou a vítima, Elizabeth Cardoso da
Conceição, que estava no oitavo mês de gestação quando foi morta, no
último dia 11. “Ela o tempo todo enganava ele dessa barriga. Ela queria
muito ficar com ele, e ele queria muito um filho, que ele não tem filho.
E ela queria de qualquer forma uma criança para oferecer para ele”,
relata Éder Mauro.
De acordo com as investigações, ao
chegar à casa da suspeita, Elizabeth foi agredida com um golpe na
cabeça. A suspeita teria forçado o parto, cortado a barriga da gestante e
retirado o bebê. A vítima foi enterrada ainda viva em uma cova rasa, no
quintal da casa da suspeita.
“Ela abriu (a barriga) com uma
gilete, tirou a criança, levou lá para dentro, colocou (a criança) sobre
a cama, voltou e arrastou ela (a vítima) para dentro do buraco, ainda
viva. Segundo ela (a suspeita), a moça murmurava e pedia socorro”, diz
Éder Mauro.
Com a criança em mãos, a suspeita
ligou para o namorado dizendo que havia dado à luz em casa. Os dois
foram à Santa Casa de Misericórdia, mas a criança chegou ao local já sem
vida. O bebê foi enterrado no cemitério do Tapanã como se fosse filho
do casal.
Celular
Os
policiais chegaram até a suspeita porque a família da vítima foi até a
delegacia denunciar o desaparecimento da gestante. O serviço de
inteligência da polícia rastreou o celular da vítima, que foi encontrado
com a suspeita.
O namorado da suspeita declarou que
eles estavam juntos há três anos, e que ele não sabia que a gravidez era
falsa. “Estava tudo normal, a barriga estava grande. Foi uma surpresa”.
A suspeita confessou o crime e está
presa no Centro de Recuperação Feminino, no Coqueiro. O corpo do bebê
será exumado para comprovar que se trata do filho de Elizabeth Cardoso.
G1-PA