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Travesti é enterrada como homem em Aracaju e movimento trans se revolta


Uma travesti de Aracaju (SE) chamada Lana, morreu e foi enterrada como homem pela família: de terno, gravata e com um bigode desenhado a lápis. A vereadora do município Linda Brasil (Psol), que é uma mulher trans, afirmou que o ocorrido foi um absurdo e um ato de transfobia contra a mulher que, segundo ela, foi sepultada na terça-feira (12).

“Fiquei indignada ao saber desse caso que aconteceu hoje em Aracaju. Basta de romantização de relações familiares que desrespeitam e negligenciam nossas vidas, identidades e existências. É por conta de casos assim que existem tantos crimes contra crianças, adolescentes, mulheres e pessoas LGBTQIA+ de maneira geral. Essa não é somente uma violência e desrespeito contra a própria travesti, mas sim contra todas as pessoas trans. Transfobia é crime!”, escreveu a parlamentar.

A trans Jéssica Taylor, que dirige a Transunides, instituição responsável por distribuir cesta básica para a população trans, afirmou que Lana foi abandonada pela família.

“Lana foi desrespeitada pela família, que colocou até um bigode nela e a enterrou de terno, indo contra a sua identidade de gênero. A família não aceitava a orientação sexual dela. Eu achei uma violência. Só quem é trans sabe o que já passou até conseguir assumir a identidade. Nem na grande despedida, que é a morte, ela foi respeitada. Lana morreu de tristeza”, lamentou Jéssica Taylor.


Por: Redação BNews

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