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Em um episódio que poderia ser apenas mais uma página triste da política municipal de Paripiranga, a declaração do vereador José Aloísio Virgens Santa Rosa durante a sessão da Câmara dos Vereadores não passou despercebida, e gerou uma onda de indignação entre os cidadãos e políticos mais atentos. A piada infeliz sobre o aparelho de raio-X do hospital municipal, que encontra-se com problema, foi mais do que uma simples palavra mal colocada – foi uma demonstração de descaso e de desconexão com a realidade enfrentada pela população.
Aloísio, em um tom de deboche, disse: “O Raio X tá escuro, acenda a luz, acenda a luz,” como se a situação do aparelho quebrado fosse apenas uma falha de funcionamento trivial. Um comentário que, em vez de levar à reflexão sobre a responsabilidade pública e a importância de garantir serviços essenciais para a saúde da população, soou como uma piada de mau gosto. Para agravar a situação, a postura de Aloísio é ainda mais alarmante quando se leva em consideração sua posição na política local. Ele é tio do atual prefeito Talisson Santa Rosa, e tem se mostrado um defensor incondicional da base governista, o que amplifica a percepção de que ele representa o distanciamento entre o poder público e as verdadeiras necessidades da população.
Como membro da base governista e aliado do prefeito, Aloísio tem a responsabilidade não só de apoiar, mas de fiscalizar a gestão pública e de cobrar ações concretas para resolver problemas como a deficiência no atendimento médico e a falta de equipamentos essenciais. No entanto, em vez de desempenhar seu papel de forma séria e comprometida com os interesses da comunidade, o vereador se limita a fazer piadas, o que soa como um reflexo de uma administração que prefere o deboche a enfrentar os problemas reais que afligem a cidade.
A fala de Aloísio não apenas desmereceu o problema da saúde pública em Paripiranga, mas também jogou luz sobre a falha de um sistema político onde, muitas vezes, a lealdade partidária e a defesa da base governista se sobrepõem à urgência das necessidades sociais. O descaso com a saúde e a forma desrespeitosa com que a situação foi tratada expõem uma realidade desconcertante: em um município onde as condições de atendimento hospitalar são precárias, e o povo carece de soluções rápidas e eficazes, um vereador que deveria ser um agente fiscalizador e de mudanças preferiu brincar com a dor da população.
Mais preocupante ainda é que a atitude de Aloísio reflete um padrão que parece estar enraizado entre os que ocupam cargos de poder em Paripiranga. Em vez de pressionar por melhorias e cobrar responsabilidades, muitos preferem se alinhar com o governo de maneira incondicional, sem questionar o que realmente está sendo feito pelo bem-estar coletivo. A defesa cega da base governista, sem considerar os problemas concretos que afetam o dia a dia dos cidadãos, é uma falha grave no exercício da política.
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A população de Paripiranga, que sofre com a falta de um raio-X funcionando e outros problemas na saúde, espera muito mais do que um representante político que se esconde atrás de piadas e do apoio ao governo. Espera ações que, de fato, resolvam os problemas que afligem o município e que, acima de tudo, tratem com dignidade os cidadãos que elegeram seus representantes.
O episódio de José Aloísio é um reflexo da desconexão entre os representantes políticos e a realidade das ruas. Ao invés de se solidarizar com a dor da população e cobrar soluções, o vereador preferiu ignorar a gravidade da situação e seguir com um discurso de deboche, que, infelizmente, revela o que muitos já suspeitavam: a política local de Paripiranga precisa urgentemente de mais comprometimento com as verdadeiras necessidades da comunidade e menos cumplicidade com o status quo.
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