A renúncia do vereador Alexandre Magno (MDB), anunciada nesta terça-feira (8), caiu como uma bomba no cenário político de Paripiranga. Em meio ao acirramento entre parlamentares da base governista e da oposição, a saída do parlamentar – que integra a ala oposicionista – não foi apenas um gesto de desistência, mas sim uma jogada estratégica que muda radicalmente o tabuleiro do poder na Câmara Municipal.
A decisão ocorre poucos dias após o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinar a realização de uma nova eleição para a mesa diretora da Casa, no prazo de até 15 dias, após constatar irregularidades no processo anterior. O momento, portanto, é decisivo – e a renúncia parece ter sido calculada com precisão.
Com a saída de Alexandre, o suplente pode ser empossado de forma imediata, sem depender do trâmite regimental que exige o comparecimento em duas sessões ordinárias após a eleição da nova mesa. Isso significa que a oposição ganha um fôlego extra, mantendo o número de votos necessário para disputar – e com altíssima chance de conquistar – a presidência da Câmara.
Fontes dos bastidores apontam que o grupo de situação estava a um passo de virar o jogo, com articulações avançadas para tentar emplacar um nome ligado à base do governo. No entanto, a substituição repentina do vereador barrou essa movimentação e consolidou a força da oposição no plenário.
Agora, com a nova configuração, cresce a expectativa de que a bancada oposicionista não apenas mantenha a liderança, mas conquiste definitivamente o comando da Casa Legislativa, garantindo influência direta nas decisões internas, na pauta política e no equilíbrio de forças em Paripiranga.
O jogo virou. E quem tinha tudo para perder, encontrou uma saída inesperada – e altamente eficaz.
Da redação Rodrygo Ferraz - DRT 6195/BA.