Governo do Amor Está Amargo: Investidor que Lute (e Pague Mais Imposto)

Lembra daquele papo de “governo do amor”? Pois é. Amor mesmo, só se for pelo dinheiro do contribuinte. Nesta quarta-feira (11/6), o governo federal publicou a Medida Provisória nº 1.303/2025 e um decreto que mexem com os impostos sobre aplicações financeiras, fazendo o bolso dos poupadores e investidores amargar um sabor nada doce. 

Imposto de Renda único de 17,5% em todas as aplicações financeiras

Antes, o IR sobre investimentos de renda fixa seguia uma tabela regressiva — quem deixava o dinheiro por mais tempo pagava menos imposto (de 22,5% a 15%). Agora, com a MP publicada no Diário Oficial da União em 11 de junho de 2025, todos os rendimentos financeiros ficam sujeitos a retenção na fonte de IR a 17,5% (Fonte: Ministério da Fazenda). 

Se você gostava de deixar o dinheiro rendendo por mais de dois anos para pagar só 15% de imposto, pode ir preparando o bolso.

Fim da isenção para LCI e LCA a partir de 2026 

Outra “surpresinha” amarga é para os investidores de LCI e LCA — os queridinhos dos mais conservadores, até hoje isentos de IR. A partir de janeiro de 2026, esses títulos de crédito imobiliário e do agronegócio passarão a pagar 5% de IR sobre os rendimentos (Fonte: Medida Provisória nº 1.303/2025). 

Juros sobre Capital Próprio e VGBL na mira

Quem investe na Bolsa e recebe Juros sobre Capital Próprio (JCP) vai ver o rendimento líquido diminuir com a alíquota de IR de 20% na fonte. Além disso, aportes superiores a R$ 300 mil em VGBL terão uma taxa de 5% já em 2025, ampliando a taxação sobre seguros de vida e previdência (Fonte: Ministério da Fazenda). 

Doce ilusão no IOF

O decreto que revoga o aumento do IOF para operações de crédito “risco sacado” trouxe um alívio temporário para alguns setores, mas a taxação segue firme em outras áreas, como o câmbio e fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), mantendo o cenário de aumento da carga tributária (Fonte: Agência Brasil, 11/06/2025). 

Moral da história? 

Se você investe, guarda ou poupa, o recado do Governo do Amor é claro: pode amar, mas pague primeiro.

Por Redação Erica Anjos.