O inquérito da Polícia Civil concluiu que mulher que sofreu uma grave infecção respiratória não foi enterrada viva no município de Riachã...
O inquérito da Polícia Civil concluiu que mulher que sofreu uma grave infecção respiratória não foi enterrada viva no município de Riachão das Neves, no oeste da Bahia. A denúncia partiu de familiares da vítima, que abriram o túmulo onze dias após o sepultamento e disseram que o corpo dela foi encontrado revirado, com ferimentos nas mãos e testa.
O inquérito foi concluído no dia 7 de março e encaminhado à Justiça. Em entrevista , o delegado Arnaldo Alves contou que foram ouvidas diversas testemunhas, dentre elas o profissional de uma funerária, que refutou a informação de que o corpo de Rosângela Almeida dos Santos estivesse revirado no túmulo. “Ele constatou que o corpo estava do mesmo jeito do enterro”.
Sobre o corpo ainda estar em relativo estado de conservação, o agente funerário também contou que foi aplicado no corpo da mulher um litro de formol, o que teria retardado a deterioração. Informações médicas também apontaram que os antibióticos aplicados na paciente durante o internamento e o tempo chuvoso favoreceram uma decomposição mais lenta.
O delegado Arnaldo Alves contou que indiciou no inquérito a mãe da vítima, Germana Almeida, que violou o túmulo após rumores de que vizinhos teriam escutado gemidos da sepultura. A violação de urna funerária é um crime que está previsto no artigo 210 do Código Penal, com pena de reclusão de um a três anos.
No mesmo inquérito, o delegado sugere que o indiciamento seja arquivado, devido ao estado psicológico da mãe após a perda da filha. A decisão ficará por conta da Justiça.
Rosângela Almeida dos Santos, de 37 anos, estava internada no Hospital do Oeste, em Barreiras, com um quadro de infecção respiratória. No dia 28 de janeiro deste ano, ela teve o falecimento atestado pela unidade médica após um quadro de choque séptico, quando a infecção se alastra pelo corpo afetando vários órgãos.
No dia seguinte, ela foi sepultada em Riachão das Neves. Onze dias depois do enterro, por acreditar que a mulher tinha sido enterrada viva, um grupo abriu o caixão que tinha sido depositado em uma urna funerária.
Ele contou que a paciente tinha enfisema pulmonar e que foi hospitalizada com uma grave infecção respiratória. NA UTI, nas últimas 24 horas antes da morte, o médico contou que a mulher já apresentava um quadro “grave e irreversível”.
O médico diz que, na UTI, a paciente estava sob um grau de supermonitoramento, que tornaria impossível um erro médico e consequente sepultamento da mulher com vida.
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