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Prefeito do ES é investigado após fazer turismo com dinheiro público em Canindé de São Francisco, SE

 

Cânions do Rio São Francisco e Barragem Tutu Reuter — Foto: Reprodução/MPES

O prefeito de Montanha, André Sampaio (PSB), e mais duas funcionárias da prefeitura são investigados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por usar dinheiro público para fazer uma viagem turística para os cânions do Rio São Francisco, em Canindé de São Francisco, em Sergipe.

A ação do promotor de Justiça Edson Tigre, ajuizada no último dia 5 de agosto, aponta que o prefeito, a secretária municipal de Turismo, Marisa Gonçalves Sales, e a chefe de gabinete Deise Santos Azevedo gastaram R$ 14.597,06 dos cofres públicos para fazer uma viagem de quatro dias para Sergipe, entre os dias 11 e 15 de julho.

Ao MPES, a prefeitura argumentou que a viagem tinha como objetivo conhecer a infraestrutura turística de Canindé de São Francisco, onde ficam os cânions, uma vez que a prefeitura da cidade capixaba estaria elaborando projetos de engenharia para construção de um espaço turístico às margens da barragem Tutu Reuter.

 

Cânions do São Francisco — Foto: Waldson Costa/G1

O promotor, no entanto, destacou que os dois municípios possuem realidades estruturais diferentes e, portanto, haveria uma “imensa discrepância” entre o que pode, efetivamente, ser explorado turisticamente entre os municípios.

Além disso, a ação diz que não há na prefeitura um estudo prévio ou um procedimento licitatório em curso visando a concessão da área para exploração de turismo.

 

Barragem de Tutu Reuter, em Montanha — Foto: Divulgação/Ag Service

“Tal fato praticado pelos requeridos causou indignação da população deste pequeno Município, eis que caracteriza desvio de finalidade (turismo de agentes públicos custeado pela prefeitura) o qual violou os princípios da administração, bem como, causou prejuízo de R$ 14.597,06 aos cofres públicos”, apontou na ação.
Os valores da viagem estão discriminados no Portal da Transparência da prefeitura.

Diante dos fatos apurados pelo MPES, o promotor pede ressarcimento integral do valor, a perda de função pública dos três envolvidos, o pagamento de uma multa e a suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos.

A Prefeitura de Montanha, por nota, disse que ainda não foi notificada da ação.

Montanha, no ES — Foto: Prefeitura de Montanha

 

 G1 SE

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