
Morto em uma ação da 9ª Companhia Independente da Polícia Militar na noite de domingo (26/07), no bairro de Campinas de Pirajá, em Salvador, o jovem Vitor Santos Ferreira Jesus, 25 anos, estudava para concursos das polícias Civil, Militar e Federal. O sonho dele, conforme um familiar em contato com o Informe Baiano, era servir a PM e defender a sociedade
No WhatsApp, Vitor exibia a frase “É só questão de tempo” seguida de ‘emojis’ com livros, um policial fardado e uma caveira. Veja abaixo:

“Ele sonhava em ser policial. Nunca teve antecedentes criminais. Sempre trabalhou, tinha acabado de comprar o carrinho dele. Não tinha filhos. A mãe dele só tinha ele. A mãe dele está arrasada e tem problema de coração. Só vive falando em se matar. Esses caras destruiram duas vidas de uma só vez. O Ministério Público e a SSP precisam investigar isso. Ele foi colocado de joelho e morto”, desabafa o familiar.

Por meio do WhatsApp, amigos e colegas de trabalho editaram um vídeo e fizeram uma singela homenagem ao rapaz, que trabalhava como empacotador e motorista no supermercado Mix Bahia.
Morte de Vitor
O trabalhador foi morto durante uma ação policial na noite de domingo (26/07), por volta das 23h30, na localidade conhecida como Invasão da Osório, que fica em Campinas de Pirajá, no limite com o bairro de Marechal Rondon. Vitor havia saído do trabalho e parou em uma festa, onde se divertia com os vizinhos.
Em nota, a corporação disse que a 9ª CIPM foi acionada pelo Centro Integrado de Comunicação (Cicom) para atender a denúncia de som alto provocado por um “paredão”.
“No momento em que a guarnição chegava ao local todas as pessoas presentes, ao avistarem a presença da viatura, correram inclusive um grupo de homens armados que passaram a efetuar disparos de arma de fogo contra os militares que revidaram”, diz o comunicado oficial, que acrescenta.
“Ao finalizar os disparos, os policiais fizeram varredura no local na tentativa de identificar os envolvidos, porém foi encontrado um indivíduo ferido. A guarnição prestou socorro até o Hospital do Subúrbio, no entanto não resistiu aos ferimentos”, pontua a nota.
Ao IB, um amigo de Vitor nega a versão e acusa a guarnição de execução. Segundo ele, o rapaz foi rendido e morto por uma guarnição da 9ª Companhia Independente da Polícia Militar. Dois registros do caso foram enviados ao IB. Uma foto exibe o rapaz sentado e um vídeo, gravado logo em seguida, mostra a equipe da PM prestando socorro.