
Estudantes da Faculdade Ages de Paripiranga, no interior da Bahia, tornaram pública uma nota de repúdio contra os valores das mensalidades e da rematrícula previstos para o ano letivo de 2026. A Ages faz parte do Grupo Ânima, uma das maiores redes privadas de ensino superior do país.
A manifestação dos alunos ganhou repercussão nas redes sociais após a divulgação de prints do sistema acadêmico, que mostram os valores cobrados para a rematrícula de janeiro de 2026. Segundo os estudantes, os reajustes são considerados excessivos e desproporcionais, especialmente quando comparados à realidade acadêmica vivenciada no campus de Paripiranga.
Entre os valores divulgados, a rematrícula para o curso de Medicina Veterinária aparece no montante de R$ 3.675,79. Já estudantes de Direito relatam cobrança de R$ 2.350,60. No curso de Psicologia, o valor informado é de R$ 2.030,79, enquanto alunos de Arquitetura e Urbanismo apontam cobrança de R$ 2.122,80. Em todos os casos, o pagamento é exigido em parcela única, com vencimento em 7 de janeiro de 2026.
Na nota de repúdio, os estudantes afirmam que o aumento não veio acompanhado de explicações claras sobre os critérios adotados para o reajuste. O documento destaca ainda que os valores cobrados não condizem com a qualidade do ensino oferecido, mencionando insatisfação com aspectos da estrutura acadêmica, organização das atividades e serviços educacionais.
“Os reajustes têm gerado profundo descontentamento entre os alunos, sobretudo pela falta de proporcionalidade e transparência”, diz trecho da nota assinada por estudantes da instituição.
Diante da situação, os alunos da Faculdade Ages de Paripiranga solicitam esclarecimentos objetivos, a reavaliação dos valores praticados e a abertura de um diálogo efetivo entre a instituição, o Grupo Ânima e a comunidade estudantil. O objetivo, segundo eles, é garantir que as decisões financeiras respeitem a realidade dos estudantes e preservem o compromisso com uma educação de qualidade, acessível e socialmente responsável.
O portal da Cidade entrou em contato a assessoria de comunicação da Ânima que enviou a seguinte nota:
"Em atenção ao questionamento do Portal da Cidade, a Ages informa que acompanha com atenção as manifestações dos estudantes e compreende as dúvidas relacionadas aos valores de mensalidades e rematrícula para o ano letivo de 2026.
A Instituição esclarece que, como ocorre tradicionalmente no início de cada semestre, o boleto referente ao mês de janeiro corresponde ao valor integral da primeira mensalidade, sem a aplicação de eventuais bolsas ou condições específicas, conforme os critérios contratuais e política de bolsas previamente estabelecidos com os estudantes.
Os valores praticados refletem a variação de custos para a manutenção da estrutura acadêmica, da qualidade do ensino e dos serviços educacionais oferecidos no campus, sempre em consonância com as diretrizes institucionais e a legislação vigente, em especial a lei das mensalidades.
Por fim, a Ages reforça que mantém canais permanentes de diálogo com seus estudantes e permanece aberta à escuta, ao acolhimento e ao diálogo institucional, reafirmando seu compromisso com uma formação de qualidade e com a construção de relações transparentes com a comunidade acadêmica."
O tema reacende o debate sobre reajustes no ensino superior privado e o impacto financeiro para os estudantes. Continuaremos acompanhado o deserenrolar dessa situação aqui em Paripiranga.
Portal da Cidade

