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Precisamos falar sobre o COROTE

Bebida se tornou alvo de polêmica entre as conversas sobre o consumo de bebidas alcoólicas.

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Nos grupos de WhatsApp, mesas de bar, conversas de amigos e demais bate-papos, vira e mexe o assunto Corote é alvo de polêmica. De acordo com os palpiteiros de plantão, a bebida seria a causa dos mais recentes casos de bebedeira, excesso de álcool, porre, ressaca e etc. Já fora criado até um mito de que a bebida possui um teor alcoólico bem acima do informado na embalagem. Ou que possui algum componente em sua fórmula que causa esses efeitos propagados boca a boca e zap a zap.
Mas, a culpa é mesmo do Corote? Vamos falar primeiro da procedência da fabricação. A bebida, Corote Sabores, informa em seu rótulo possuir teor alcoólico de 13,5%, muito bem abaixo de bebidas destiladas como uísque e vodka, que giram próximo dos 40%. Outro fator a ser considerado é que a bebida pertence a uma fábrica que atua desde 1958, com registro no Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Trata-se de uma empresa que deve passar por vários testes e inspeções de seus produtos, o que praticamente já elimina a possibilidade de alteração da graduação alcoólica ou de algum componente que venham a "drogar" o consumidor.
Claro que isso não evita que possam aparecer no mercado réplicas falsificadas, os famosos "fundo de quintal", que fogem totalmente desse padrão de controle de qualidade acima. Mas aí é fácil de identificar, basta que você escolha comprar em estabelecimentos de ótima procedência e confiança.
A culpa não é do Corote

Analisando agora o fato de que existe vários relatos de bebedeira associada a esta bebida, trago agora a possibilidade da culpa para o consumidor. Vejamos um cálculo bem simples. Cada embalagem da bebida contém 500 ml. Convertendo em porcentagem de álcool, comparado a um uísque de 40%, é como se cada embalagem de Corote equivalesse a 170 ml de uísque, vodka ou aguardente de cana.
Levando em conta que a bebida é de sabor doce e agradável, o seu consumo acaba sendo de forma bastante acelerado. E, tomando como base o cálculo acima, se uma pessoa toma em uma ou duas horas três garrafinhas, é como se ela tivesse ingerido meio litro de uísque, vodka ou aguardente de cana em muito pouco tempo.
O que concluo disso é que o consumo acelerado da bebida oferece, em um pouco espaço de tempo, muita quantidade de álcool para o seu organismo absorver, e ao mesmo tempo, tentar eliminar. Isso faz com que os efeitos do álcool sejam bastante potencializados. Ou seja, o problema jamais esteve na bebida, e sim no comportamento do consumidor.
Portanto, na próxima bebedeira, habitue-se a ingerir o líquido de forma gradual e mais lenta, observando os sinais do seu organismo. Ele sempre te dá sinais se algo está indo bem ou não com ele. Ou, simplesmente não faça a ingestão de nenhuma bebida alcoólica, a escolha sempre é sua, e a culpa jamais será da bebida.

Jeferson Machado Santos.

CRF-SE: 658.
Farmacêutico pela Universidade Federal de Sergipe - UFS.
Habilitação em Bioquímica Clínica pela Universidade Federal de Sergipe - UFS.
Especialista em Administração de Empresas pela FIJ-RJ.
Especialista em Farmacologia e Interações Medicamentosas pela Uninter-IBPEX.

Por Jeferson Machado - Portal Itnet

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