Jeremoabo volta a ser manchete por um problema gravíssimo na saúde pública: a ausência de sondas de alimentação para adultos no Hospital Geral. A denúncia partiu de familiares de pacientes que, indignados, expuseram a situação nas redes sociais, marcando o prefeito Tista de Deda e a imprensa local.
Segundo relatos, pacientes que necessitam de sondas adequadas estão sendo obrigados a usar equipamentos improvisados, que permitem apenas a passagem de líquidos, comprometendo diretamente a nutrição e a recuperação. Uma moradora relatou que sua avó, internada no hospital, vem se alimentando praticamente apenas de água — um quadro que, além de humilhante, representa risco real à vida.
A revolta dos familiares é compreensível: como pode faltar o mínimo em um hospital público? Sondas de alimentação não são luxo, são itens básicos para salvar vidas. O mais revoltante é que durante a campanha eleitoral o prefeito prometeu cuidar da saúde e valorizar os idosos. Hoje, o que se vê é exatamente o contrário: descaso, abandono e desrespeito à população.
A denúncia escancara mais uma fragilidade da gestão municipal, levantando sérias dúvidas sobre o destino dos recursos públicos. Onde está o dinheiro da saúde? Como explicar que falte material essencial, enquanto promessas de melhorias se multiplicaram em discursos políticos?
Enquanto a prefeitura se esquiva de respostas, famílias vivem dias de angústia, vendo seus parentes debilitados sofrerem sem a assistência necessária. O episódio não é apenas um problema administrativo: é um retrato da negligência com que Jeremoabo vem sendo tratada, onde o básico se torna luxo e a vida humana parece não ser prioridade.
É inadmissível que uma cidade inteira precise gritar nas redes sociais para ter acesso ao mínimo: dignidade e respeito dentro do hospital público.